26 maio 2005

Cruzada

(Kingdom of Heaven) EUA, 2005.
Para quem não sabe, as Cruzadas foram uma forma que a decadente Europa do século IX usou como desculpa para buscar riquezas, terras e poder no mundo Árabe. Faltava trabalho, e a nobreza não tinha mais dinheiro, estava falida. Usou a religião como desculpa. Acabar com os hereges e disseminar o cristianismo no oriente.
Lembra algo que aconteceu recentemente no Iraque?

Bom, o filme de Ridley Scott é tecnicamente perfeito e arrebatador, fotografia estupenda, cenas de batalha extremamente convincentes e atuações acima da média, mas saiba separar o joio do trigo.
A história do ferreiro Balian (Orlando Bloom) que reencontra seu pai, o Barão Godfrey de Ibelin (Liam Neeson) e é levado à Jerusalém para ajudar os cristãos a manter seu Reino, não passa de história da carochinha. O personagem nunca existiu, assim como seu pai, é tudo ficção, uma combinação de personagens reais que não necessariamente coexistiram no mesmo local e mesmas datas.

Portanto o que fica é uma sensação de filme pipoca, estilo herói, mocinha, bandido, etc e tal.
Talvez se a história fosse contada como realmente foi, não tivesse graça, ou melhor, não passasse pelo crivo dos executivos engravatados e nunca virasse filme.
Então se você se interessa pela história do mundo, veja, mas com olhos não só na tela, mas também em sua conciência.


Curiosidade: você já ouviu falar de alguém naquela época que dissesse não ser cristão abertamente e não fosse morto?Acreditei...acreditei...