18 maio 2005

Kill Bill Volume 2

Kill Bill: Vol. 2 (EUA, 2004)
Nunca havia deixado de assistir a um filme de Tarantino no cinema. Este foi o primeiro. Fiquei meses me contorcendo, aguardando pela chegada do mimo nas videolocadoras. Valeu a espera.
Mais uma vez Quentin Tarantino demonstra que sabe fazer cinema. Conduz a trama com a sabedoria de um grande cineasta e faz cada quadro valer a pena.
A história da assassina (Uma Thurman) que foi executada por seu próprio chefe, o tal Bill (David Carradine) e capangas (Daryl Hannah, Michael Madsen, Vivica A.Fox e Lucy Liu) durante seu ensaio de casamento, passando 5 longos anos em coma e retornando para se vingar, tem seu fechamento com dignidade. Isso porque no primeiro filme quando a chapa começava a esquentar, entravam os créditos e ficava aquele gosto de quero mais.
Neste segundo e último capítulo Tarantino optou por fazer um filme diferente do primeiro. Saem de cenas as homenagens aos clássicos de Bruce Lee, filmes de artes marciais e até mangás, e entra os westerns e o cinema dos anos 50-60 norte-americanos. Muita poeira e um ritmo mais cadenciado. Outra mudança está na linha de tempo do filme. Enquanto no primeiro, ele foi e voltou para contar histórias dentro da história, desta vez optou por uma linha de tempo mais natural (digamos que mais natural para Tarantino, mas ainda assim com idas e vindas).
Tá certo, admito que preferi o primeiro ao segundo, por sua variedade, diversidade e sanguinolência despretensiosa, mas apenas por um nariz, porque vindo dele, o mestre do cinema de referência, não podia ter outro resultado que não a total aclamação. Tenho que inclusive pensar se Pulp Fiction não foi destronado em minha preferência por esta grande obra do cinema moderno.